sábado, 28 de fevereiro de 2015

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segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Ela e o pequeno


Atenua a brisa
Acende uma brasa
Evita uma fuga
Descansa o outro braço
Desperta o pequeno
Desfaz a manhã
Prepara outro prato
Guardou pra amanhã.

sábado, 25 de fevereiro de 2012

O Tempo Voltou


A ampulheta trabalhou ao contrário
nesta estrada que é de viagem
o tempo até gira
até que volta


E o escuro
é de viagem
não é de estrada


O tempo escorre
não sei de onde
e ninguém vê como
ao contrário o tempo trabalha sem nem saber o sentido


E se o tempo voltou,
porque não eu?
que devo visitá-lo.
encontrá-lo onde ele não consegue mais voltar
pra tentar fluir com ele
no tempo dele
O próprio tempo.


sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Dupla



Existe um eu dentro de cada um de nós

que ele sim, conhece-te melhor que a vós
que a ele sim, conhece a verdade

Nós não,
não sabemos bem o que e quem somos
por causa dele mesmo
ele nos confunde

As vezes ele aparece,
as vezes nos damos conta que somos nós quem aparecemos de vez em quando,
as vezes nos damos conta que ele quem está sempre na ativa

O gostoso é sentir esse eu aparecendo
é gostoso olhar pra ele e dar uma piscadela
é bom perceber que parte dele é você

Quando perceber esse eu,
a partir desse dia você passará a ser outra pessoa,
quem sabe até ser você!

a partir desse dia não deixe ele surgir desapercebido
não deixe eu carente
carente de você
sua carência é sempre eu
Desse eu.

sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Bela

Que a vida seja bela
mas não boba

Que seu sorriso seja você escancarada
mas não tola

domingo, 16 de outubro de 2011

Cyclophonica

     Hoje me deparei com uma coisa incrível, que eu, desconhecendo, fiquei impressionadíssimo com a capacidade criativa das pessoas dessa cidade. 
     Chegando na Lapa vi um grupo de ciclistas reunidos, não, era um bloco de carnaval se concentrando para um ensaio, não, eram alguns músicos segurando uns instrumentos enquanto pedalavam, que nada!! Era um pessoal que estava tocando e pedalando! Putz que interessante! Pensei. Eles estavam se concentrando sim, para sair pedalando e tocando músicas do nosso cancioneiro, convidando pessoas a seguirem pedalando também, num ambiente descontraído e super amistoso. 





     O grupo, fui pesquisar ao chegar em casa, trata-se de uma Orquestra de Câmara de Bicicletas. A única do mundo diga-se de passagem. O pessoal se propõe a fazer arte, esporte e integração social muito legal e de uma forma inovadora.
     Confesso que lembrei do famoso adjetivo da nossa cidade e me fez pensar que, claro, maravilhosas são as pessoas dessa cidade linda!
     Segue o link do blog deles com todas as informações dos eventos:

quinta-feira, 21 de abril de 2011

Da janela

Impressionante o que se pode e não se pode ver de um apartamento que 'não' tem vista pra rua:


Sobrados, e de sobra grandes prédios...

Eu não vejo o que não quero ver.
E se eu quiser olho pra onde bem entender...

A lua vejo.
Vejo também o que quero ver...

Toco as visões do que quero e do que tenho na minha janela...



E sempre que eu quiser olhar e observar,
vou lá,
na janela.
Dar o que eu tenho de olhar,
minha visão, pra mim mesmo
e talvez até pra você.
E até talvez um dia quem veja saiba.

quarta-feira, 20 de abril de 2011

domingo, 12 de setembro de 2010

Bye bye estranho amigo

Alguns muitos dias atrás, estava eu em um ônibus. Seguia o ônibus, estrada adiante, e de repente, não mais que isso, senta-se ao meu lado um, tal como eu, passageiro. Inquieto, demonstra-se logo. E falante, em seguida a um que seria meu mais breve comentário sobre algo que acabara de quase acontecer, nada demais, apenas um suposto quase abalroamento, 'dana-se' a falar e a falar.


Sobretudo é simpático. Mas me chamou a atenção mesmo foi o fato de em questão de alguns simples minutos, eu já saber qual o ofício, lugar de trabalho, o que acontecia na semana corrente-ao menos o fato mais importante e que o levara quase ao cabo do seu emprego, qual era o nome de sua chefe, qual seu rendimento mensal. Isso no âmbito profissional. Poderia te descrever também, agora, já que ele me disse outrora dentro desses minutos: quantos casamentos, filhos, amantes, que sua atual amante morava no mesmo município, como eu, num da baixada. Como fazia esse meu novo amigo para dividir as despesas entre 'as casas' e mulheres que tinha, como era a agenda para organizar que dias dormiria em cada casa. Organizado esse meu amigo.

Engraçado era, que o que permitia quebrar a organização imposta por essa agenda semanal seria exatamente, a rotina. Sim, porque o que o motivava a sair de uma das casas para visitar a outra seria o aborrecimento causado por sua mulher, uma ou a outra. E pelo exemplo que me dera, do último aborrecimento, não mais que uma rotina. Essa última foi uma simples discussão sobre o que sua mulher deveria fazer além de nada fazer. Isto é, ele a mantinha em casa sobre total cuidado com as despesas. E visto que isso é rotineiramente cômodo, me pareceu até certo modo justo e passivo de discussão.

Ah sim! Um orgulho do meu amigo, seus filhos já 'encaminhados'. Um militar e músico em São Paulo, o outro estudante com futuro promissor. Seu filho trompetista foi lembrado com orgulho pelos louros que recebera dos seus superiores(nem parece que estamos falando de músico), e do quanto ele tocava bem. Não sei por que imaginei Chet Baker tocando numa banda militar- seria no mínimo sarcástico. Então, com esse orgulho todo, senti que falava de tal fato com experiência, mas do que simplesmente orgulho de pai. Sim, meu amigo é musico, como eu.

Ele também trompetista, tocava em igrejas e festas, com a mesma desenvoltura. O meu amigo. E me contou como o trabalho o afastou gradativamente do seu pistom. A essa altura me contou também que tinha, além do seu emprego, uma loja em São João, e que nos horários fora de sua escala de trabalho, a mantinha. Lembrei das duas famílias. As festas menos rotineiras, as igrejas com poucas 'saídas', já não treinava seu instrumento como gostava de fazer e as melodias já não fluíam como rotinas pensadas.

Mas que o que eu gostei de ver mesmo, foi como brilhou os olhos ao dizer o quanto a música em si, faz bem a alma. Como instrumentista, usou a afirmação de que o som, as músicas, as expressões musicais, as interpretações, as harmonias tão bem elaboradas, cada nota, soava em paralelo com o próprio modo de viver de cada um. E que refletia na maneira de ver a vida fluir. Como uma música. Como eu.

Foi então que percebi o quanto ele era meu amigo. O quanto enxergávamos de maneira tão parecida a música na vida. A vida pela música. E comungamos em alguns minutos essa crença, de que a música ajuda a digerir a vida mais saborosamente, menos rotineira e mais atraente. E ao descer do ônibus, ele antes do que eu, disse e não parava de dizer, até que eu não pudesse mais escutar: "Volte a tocar, não desista, não largue a música. Por que ela não me larga".
Ele não escutou, mas eu disse: "Como eu".

sábado, 14 de novembro de 2009

O primeiro

"If I speak at one constant volume
at one constant pitch

at one constant rhythm
right into your ear,
you still won't hear
you still won't hear..."

Faith No More

Começo com essa frase, que me soa como uma bela de uma tentativa de se fazer ouvir. Os humanos, de uns anos pra cá (que vá pra lá), invariavelmente, teem cada vez escutado menos.

Putz! Comunicar, falar, trocar, escutar, compartilhar, precisa, por definição, obrigatoriamente, de um ouvinte.


Ao menos.


Alô, alguém aí?

Egoísmo tem sido mais popular ultimamente. O egoísmo disfarçado com um interesse bem rápido, percebe? Do tipo: “Ah entendi, entendi, eu por exemplo blá blá blá blá blá..., o que você disse mesmo?”

Aqui que deverá ser uma forma de compartilhar o que vejo e o que eu quero que vejam. O que eu quero que escutem, o que é difícil.

Bom, deixa eu ser egoísta também. Deixa eu falar um pouco.

Por isso a frase inaugural. Por isso estou aqui.